Queridos alunos de 7ª série, quero lhes desejar um ótimo início de ano letivo e dizer-lhes que aproveitem o máximo mais esta ferramenta que está ao alcance de vocês favorecendo à aprendizagem.Leiam os textos a seguir e sigam as instruções da professora Ana Lucia.Boa aula, boa leituraProf Fabia - Coordenadora Informática Pedagógica
Meus queridos da 7 ª série
Vocês estão recebendo dois textos para a leitura, sendo que os dois são trechos extraídos do livro O menino narigudo (de Walcyr Carrasco). Porém um representa o gênero teatral (dramaturgia) e o outro representa o gênero romance. Estes livros são uma adaptação do livro oficial Cyrano de Begerac de _(nome do autor). Gostaria que vocês comparassem os dois trechos extraídos dos livros de Walcyr Carrasco e analisassem qual deles é teatral e qual é romance. Após esta análise, gostaria que fizessem comentários sobre qual trecho mais gostaram e por quê.
Estaremos então, iniciando nosso Blog da Leitura.
Lembrem-se
“O ato de ler é revolucionário, pois transforma o leitor passivo em leitor ativo, um co-autor, doador de sentidos”.(Lucia Pimentel Góes)
“Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, sem dúvida, o livro.
Os outros são extensões do corpo.
O microscópio, o telescópio, são extensões da vista; o telefone e extensão da voz;
Temos o arado e a espada, extensões do braço;
Mas o livro é outra coisa: o livro é uma extensão da memória e da imaginação”.
(Jorge Luís Borges).
Professora Aninha (Português)
Texto 1
Trecho do livro: O Menino Narigudo
Autor: Walcyr Carrasco
GABI ENTRA DE MOCHILA. CRISTIANO AFASTA-SE BATENDO A BOLA.
CIRANO – (hesita) Gabi...
GABI – Oi.
CIRANO – (tímido) Eu... eu preciso falar com você.
GABI – Comigo?
CIRANO – É... eu... eu quero te convidar pra tomar um sorvete comigo. Pronto, já disse.
GABI – (surpresa) Ahn?
CIRANO – É isso mesmo. Quero te convidar pra tomar um sorvete comigo.
GABI – Ah... Mas você paga o sorvete?
CIRANO – Claro que pago. Eu estou convidando.
GABI – Ah... bom. Porque tem gente que convida e depois na hora não põe a mão no bolso. O seu amigo Cristiano é assim. Um caloteiro.
CIRANO-(decidido) Eu já disse que pago o sorvete.
GABI – Eu vou se for um sundae, com calda de caramelo, marshmellow!
CIRANO – (sem jeito) Puxa, Gabi... eu vou ficar de bolso vazio. Mas tá legal... pago o sundae!
GABI SORRI. OS DOIS ANDAM COMO SE ESTIVESSEM PASSEANDO. ENTRA UMA MESINHA, COM DUAS CADEIRAS. OS DOIS SENTAM-SE. ENTRA GARÇOM, QUE SERVE DOIS ENORMES SUNDAES. GABI BEM DENGOSA.
GABI – Nunca pensei que você fosse me convidar para tomar sorvete. Sempre foi tão tímido!
CIRANO – Eu estava tomando coragem.
GABI – Sabe, eu adoro cantar. Conheço umas músicas lindas.
CIRANO – Canta uma pra mim.
GABI SORRI E COMEÇA A CANTAR UMA MÚSICA. CIRANO SORRI E CONTINUA. OS DOIS CANTAM JUNTOS. AO TERMINAR, ELA APLAUDE.
GABI – (encantada) Que lindo, Cirano, que lindo! Gosta de música?
CIRANO – Já fiz uma porção de letras. Poesia também. Quer que eu faça uma pra você?
GABI – (gostando) Poesia? Você, fazer uma poesia pra mim?
CIRANO – Pois eu faço agora mesmo. Quer ouvir? (toma fôlego) Gabi, Gabi.
GABI – Ah... continue!
CIRANO – Gabi, Gabi/ Só penso em ti/ Nos teus olhos tão bonitos/ No teu jeito de sagüi.
GABI – (furiosa) Sagüi? Eu não tenho jeito de sagüi coisa nenhuma!
CIRANO – (apaziguando) Não fica brava, Gabi. Eu só estava procurando uma rima.
GABI – Também vou fazer uma poesia. Ouça só! (recita) Cirano tem um nariz / Grande como uma mortadela.
CIRANO – (surpreso) Cadê a rima?
GABI – (brava) E daí? Com rima ou sem rima, seu nariz continua grande! Imenso!
CIRANO – (furioso, estica o pescoço para a frente) Não fala do meu nariz!
SEM QUERER, CIRANO ENFIA O NARIZ NO SUNDAE DE GABI
GABI – Tira o nariz do meu sorvete!
CIRANO – (puxando o nariz) Meu nariz ta congelando.
GABI – Agora ficou maior ainda! Parece uma banana split!
GABI SAI CORRENDO. CIRANO CORRE ATRAS. ENTRA MÚSICA.
Texto 2
Trecho do livro O Menino Narigudo – Walcyr Carrasco
Com um nome desses e um nariz daqueles, a vida de Cirano às vezes era bem complicada. Amigos, não tinha muitos. Namorada, tentou uma vez. Convidou a Gabi, linda garota sardentinha, para sair e tomar um sorvete. A Gabi ficou vermelha. Nuca tinha passeado com ninguém, mas aceitou.
Acabou a aula, e eles foram para a sorveteria do shopping. Um mais sem jeito que o outro. Cirano tinha guardado todo o dinheiro que ganhou no aniversario, a espera daquele momento. Pediram dois sundaes.
Vieram dois sundaes gigantescos. Altos como um edifício, com uma cereja na ponta, calda de chocolate e marshmellow, com castanhas picadas. Um arraso. A Gabi, que era gulosinha, suspirou de emoção. Cirano estava aliviado: até ali, tudo ia bem.
Durou pouco. Eles começaram a conversar sobre letras de musica. Cirano conhecia muitas de cor. Inclusive algumas de rock pauleira. Tinha até tradução do inglês. A Gabi também adorava musica: sabia uma porção. Cirano se entusiasmou:
― Eu mesmo já fiz um porção de letras – disse ele. – Poesia também. Quer que eu faça uma pra você?
Gabi até abanou o pescoço, de tão dengosa?
― Serááaááááááááááá que você consegue?
Cirano disparou:
Gabi, Gabi,
Só penso em ti
Nos teus olhos tão bonitos
No teu jeito de sagüi.
Ela quase gritou:
― Sagüi? Eu não pareço sagüi coisa nenhuma!
Cirano tentou explicar que quando a gente faz poesia, é assim mesmo. As rimas vão chegando. Por isso, às vezes, os poetas demoram tanto para escrever. Fazem uma poesia, e depois mudam rima por rima, como se fosse um quadro que o pintor constrói, pincelada por pincelada. Mas Gabi estava vermelha de raiva, e não estava nem um pouco interessada em entender essas questões.
― Eu também posso fazer poesia – disse.
E tascou:
Cirano tem um nariz
Grande como uma mortadela!
― Isso não é poesia, não rimou coisa nenhuma!
― E daí? Seu nariz continua grande, com rima ou sem rima nenhuma!
― não fala do meu nariz!
Nunca suportou que mexessem com o nariz dele. Era um ponto fraco, por assim dizer. Nervosíssimo, Cirano esticou o pescoço na direção de Gabi. Na frente do pescoço, veio o nariz. E o nariz mergulhou no meio do sundae da Gabi. Ela gritou, horrorizada:
― tire o nariz do meu sorvete!
Cirano puxou a cabeça e o nariz voltou junto. Com a cereja presa no alto de um montinho de chantilly, precariamente equilibrado na ponta. Geladíssimo. Nunca houve um nariz tão gelado quanto o de Cirano. Gelado e melado. Eram castanhas picadas, marshmellow, calda de chocolate e sorvete de morango. Tudo pingando do nariz. Parecia um banana split!
― Meu nariz está derretendo!
Cirano gritou e correu para o lavatório. Quando voltou, Gabi tinha ido embora.
Vejam os talentos revelados neste projeto!!!
Produção de Alex e Roriane- 7ª A- Profe Ana Lúcia- "Lua Nua"
SÍLVIA - Pode me xingar do que quiser, se eu não conseguir me impor hoje com você, neste dia tão importante para minha vida, não conseguirei nunca mais.
LÚCIO - Mas Silvia, você só sabe reclamar, reclama daqui, reclama dali, quando isso vai parar, ou melhor, quando você vai parar.
SÍLVIA – Quando eu vou parar? Quando você vai parar de pensar apenas em si mesmo e pensar nos outros, mais pelo jeito isso nunca vai acontecer.
LÚCIO – Você quer saber, chega com essa discussão mesquinha! Agora vou lá falar com Dona Mariazinha, e você Silvia, vá telefonar para o Alberto. (Lucio antes de sair de casa tropeça no carrinho).
SÍLVIA – (Silvia do telefone grita) Lucio, olha o carrinho.
LÚCIO – (Tropeçando) Aãa! Que merda, quem colocou esse carrinho na minha frente (Lúcio se levanta e tropeça novamente) Sílvia porque você não ajunta esse brinquedo, a casa já esta parecendo um chiqueiro (Se levanta e sai de cena)
(Enquanto isso Sílvia conversa com Alberto no telefone)
SÍLVIA – Alo, Alberto eu preciso de sua ajuda. É que não tem ninguém para cuidar do Júnior, e eu e o Lucio queremos ir trabalhar, será que sua namorada não poderia cuidar dele para mim, até eu voltar?
(Pausa)
SÍLVIA – Ah você via falar com ela e depois ligara para mim.
(Pausa)
SILVIA – Está bem, então tchau.
(Lucio volta para a casa).
SILVIA – E aí Lucio, Dona Mariazinha pode ficar com o Junior?
LUCIO – Ela não esta, o jardineiro falou que ela foi viajar, ah antes que eu me esqueça, você falou com meu irmão.
SILVIA – Sim falei, ele primeiro falara com Ana Paula e depois ligará para nós.
LUCIO – (Lucio pega a mala e vai saindo) Já que o problema já foi resolvido vou trabalhar.
SILVIA – Nada disso, você vai aguardar aqui comigo, esse problema é de nós dois.
LUCIO – Esta bem você venceu, eu espero
SILVIA – Oh! O telefone (Silvia atende o telefone)
SILVIA – Oi Ana Paula
(Pausa)
SILVIA – Você pode cuidar do Junior para mim?
(Faz uma cara de desespero)
SILVIA – Tchau.
LUCIO – Silvia para de fazer essa cara de ...
SILVIA – Essa é a única cara que eu tenho
LUCIO – O que aconteceu?
SILVIA – A Ana Paula não vai poder cuidar do Junior porq...
LUCIO – Porque?
SILVIA – Pare de me interromper, Lúcio.
LÚCIO – Está bem, fale.
SÍLVIA – Ela não vai poder porque hoje ela terá a prova de faculdade.
LUCIO – Então porque você não procura na agenda telefônica.
SILVIA – Aleluia uma idéia que preste
(Silvia liga para Amanda)
SILVIA – Oi Amanda eu queria saber se você não pode cuidar do Junior para mim
(Pausa)
SILVIA – Não ah então muito obrigado.
(Silvia acha outra amiga e liga)
SILVIA – Oi Vitória, eu estou com um problemão.
(Pausa)
SILVIA – É que não tem ninguém para cuidar do Junior para mim, então eu queria saber se você não pode.
(Pausa)
SILVIA – Não, mesmo assim obrigado.
LUCIO – Por acaso uma noticia boa?
SILVIA – Boa uma merda as 2 Amigas disseram ter compromisso
LUCIO – Silvia já são quase 10:30 h.
(A campainha toca).
SILVIA – Vai atender a porta.
LUCIO – Vai atender você?
SILVIA – Mas até na hora de atender a porta você reclama. Que merda né.
(Silvia atende porta)
SILVIA – Dulce, o que você esta fazendo aqui.
DULCE – Vim pegar o meu salário.
SILVIA – Depois eu te dou, mas cuide do Junior para mim.
DULCE – Esta bem só por hoje.
LUCIO – Ótimo agora podemos ir.
SILVIA – Dulce, dê a mamadeira para o Junior quando ele acordar. (Vai saindo) (Volta e diz) Ah, e troca a fralda dele e mais uma coisa você...
LUCIO – Vamos Silvia, a Dulce sabe o que fazer.
(Saem de mãos dadas) (Dulce fica sem entender)
Aí vai mais uma produção, vejam quanta criatividade!
Lua Nua
Sílvia: Pode me xingar do que quiser. Se eu não conseguir me impor hoje com você, neste dia tão importante para minha vida, não vou conseguir nunca mais.
Lúcio: (Lúcio se direciona à porta) Tá bom, tá bom, eu vou nessa m...dessa vizinha!(saindo da porta, Lúcio tropeça no carrinho do bebê e acaba caindo) Filho da p...
Sílvia: Cala a boca Lúcio!
Lúcio: calar a boca como, se deixam essa porcaria desse carrinho aqui!(Lúcio vira para trás e acaba tropeçando no bebê conforto) Cheeeeeeggaaaaaaa!Eu não agüento mais, você quer trabalhar fora, mas nem cuida das tarefas de casa!(Sai)
Sílvia: (no telefone) Oi! Paulo? Eu e o Lúcio temos um problema, a minha entrevista e a do Lúcio é ao mesmo tempo e não temos ninguém pra ficar com o Júnior, gostaria de saber se a Ana Paula ficaria com ele até a gente voltar?(Pausa)Ah!ela não tá! Então pede pra ela telefonar pra mim?Tá!Tá bom então tchau.
Lúcio: (Lúcio retorna) O jardineiro disse que ela viajou. (pega a sua pasta e vai saindo)
Sílvia: Nããããããããããooooooooo!Você vai esperar a Ana Paula ligar aqui comigo!(O telefone toca) Alô!Ana Paula!Você vai ficar com o Júnior?(Pausa) Ah!Você tem prova na faculdade!Obrigada.Tchau!
(Folheando a agenda) tem mais duas pessoas que eu posso contar, Joana e Márcia.(depois de discar no telefone) Alô!Márcia?Você podia ficar com o Júnior pra eu e o Lúcio irmos trabalhar?Ah!Você tem compromisso!Obrigada!Tchau!
(Depois de discar no telefone) Oi! Joana?Você pode ficar com o Júnior?Ah!Você tem compromisso!
Lúcio: Sílvia a campainha está tocando, vá atender!
Sílvia: Duulllceeeee!Quer voltar a trabalhar ago...
Dulce: É claro! Desculpe-me Sílvia, eu tenho dois filhos pra criar e não posso ficar desempregada.
Sílvia: Então comece agora, eu e o Lúcio estamos indo para uma reunião de trabalho!Tchau!(saindo pela porta)
Alunos: Flávio e Eduardo
7ªsérie “C”